quinta-feira, 9 de junho de 2011

EC Vitória: Estoura a crise entre torcida e diretoria

Acabou a paciência. Diante da derrota por 1x0 no Barradão frente ao Guarani na última sexta (03/06), a torcida rubro-negra explodiu e disparou gritos ofensivos pedindo a saída do então presidente do clube, Alexi Portela Júnior.

Vai chegando ao fim o caso de amor entre a torcida e um dos responsáveis pelo resgate honrado do Vitória, que na gestão do então presidente, saiu da 3ª e parou na 1ª divisão do futebol nacional. Na época, o gestor era mascarado por uma figura imponente que se chamava Jorginho Sampaio, presidente do extinto Vitória S/A e depois diretor executivo do clube. Um ano após a saída de Jorginho, o Vitória chegava à inédita final de uma copa do Brasil, com uma equipe limitada, um técnico de pouca experiência e uma torcida iludida e cheia de esperanças. Era mais um vice escrito na história do Leão e o começo de uma ladeira que parece interminável. Como se não fosse o suficiente o vice da CB, uma eliminação precoce na Sulamericana, um treinador incompetente que desestruturou o time, e o que ninguém imaginava: o rebaixamento para a série B em pleno Barradão completamente lotado.

A torcida não teve ao menos forças para protestar, e novamente esperançou-se com as promessas que 2011 seria o ano do Vitória. Seria se o time não fosse eliminado na primeira fase da Copa do Brasil pelo modesto Botafogo-PB; seria se o melhor time do Baianão não fosse vice diante do Bahia de Feira em pleno Barradão; seria se o clube não perdesse dois dos três primeiros jogos da série B. Tudo que a torcida pede é empenho e investimento em boas contratações. A política de menos gastos e mais resultados não vem dando certo no Vitória, e o apelidado ‘Tio Patinhas’ já perdeu toda a credibilidade com a torcida. A chegada de jogadores pouco conhecidos e de futebol contestável, a permanência de outros que demonstram corpo mole e falta de vontade em campo, a perda de bons jogadores para outros clubes por falhas de comunicação e a demissão de ídolos do clube foram a gota d’água. Além disso, a incompetência do marketing, a inércia do Barradão em relação aos outros estádios do país e a acomodação dos dirigentes, que acham que tudo está as mil maravilhas, enquanto o rubro-negro se afunda mais e mais.

Há quem defenda a saída de Alexi e o retorno de Paulo Carneiro. Há quem defenda a saída da suposta trupe e a chegada de um novo presidente. Alguns gestores e conselheiros são apontados como sucessores, mas a realidade é que o atual presidente ainda tem mais três anos de mandato e a maioria do conselho a seu favor. As cobranças já foram feitas e se as providências não forem tomadas com urgência, o clima pode esquentar feio na Toca.


Este texto recebe os créditos do site Arena Rubro Negra, que não pôde publicá-lo por problemas diversos.

terça-feira, 29 de março de 2011

Feliz Aniversário, Salvador!

É verdade que aos 29 de Março de 2011 Salvador completa mais um ano de existência. São 462 anos de protagonismo na história desse país, antes como capital, hoje como 3ª maior cidade.

Soteropolitanos, culpem vossa majestade, D. João VI, este que nomeia a avenida principal de um dos bairros mais tradicionais desta cidade, Brotas. Pois bem, graças a este indivíduo, nossa cidade deixou de ser a mais importante do país. Quando o tal citado rei de Portugal fugiu, em um ato covarde, abandonando o seu povo e vindo de refugiar no Brasil, ele recusou ficar em Salvador e preferiu se instalar no Rio de Janeiro, incentivando o crescimento da cidade, sua modernização e uma injeção na economia local. De lá pra cá, a região sudeste cresceu com a produção de café, e o nordeste foi esquecido juntamente com a sua cana de açúcar. Ai dos Pernambucanos se não fossem os Holandeses.

Salvador, uma cidade abençoada por todos os santos, linda por natureza e maltratada socialmente. Capital da alegria, do carnaval, das festas de largo, do axé, do acarajé, dos filhos de gandhy, dos filhos de oxum, ogum e oxalá. Salvador do Dique do Tororó, do Farol da Barra, da Igreja do Bonfim, do Elevador Lacerda e da Ponta de Humaitá. Salvador de Cajazeiras, Periperi, Mussurunga, Pernanbués e Pirajá. Da Ribeira a Itapuã, cidade mais linda nesse Brasil não há.

Um pequeno poema, improvisado de última hora, engrandece a 3ª capital deste país, mas não retira dela seu lado ruim. Essa culpa eu retiro de D. João e coloco em João Bobão. Com todo respeito a maior autoridade política dessa cidade, culpados são os prefeitos e seus antecessores por fazer de Salvador o que ela é hoje, falando do lado ruim, é claro. Atrasada, congestionada, desmoronando, amedrontada... é mais ou menos assim que se São Salvador é definida por seus mais fiéis moradores, aqueles que falam a verdade.

Deixo os meus sinceros votos de Paz, Saúde, Segurança, Felicidade e Harmonia, para essa cidade que me recebeu de braços abertos desde o momento em que saí do ventre da minha mãe.
E digo mais, tenho esperança de ver Salvador no topo, bem organizada, limpa e cheia de orgulho, e farei o que sempre fiz para conseguir. Parabéns, minha linda.

Deixo vocês com Felipe Mago e Zé da Mala em Onde Mora Salvador.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Curso Pré-vestibular censura trajes dos alunos.

Um curso pré-vestibular renomado em Salvador tomou uma atitude no mínimo curiosa; censurar as roupas dos alunos foi a solução encontrada pela diretoria do curso para coibir a presença dos mini-shorts e saias. Segundo os alunos, essa regra consta no contrato de matrícula dos mesmos e serve para render e manter uma boa reputação aos próprios alunos e a instituição, já que ali também funciona um colégio de ensino médio.

A decisão do cursinho gerou discussão. Alguns alunos aceitaram sem problemas a nova regra. Outros acharam um absurdo. É o caso da jovem Ana Carolina, 17 anos, que achou um absurdo a proibição. "Totalmente contra, eles estão questionando porque também é um colégio, mas se fosse por isso que eles colocassem uma farda". Já Luzia Macêdo, da mesma idade, concorda com a censura. "As pessoas não tem noção de onde usar determinadas roupas , e acabam indo com roupas erradas, super curtas, num local feito para estudar, não para desfile de roupas minúsculas", disse a aluna.

Opiniões a parte, a decisão está valendo. Apesar da censura ser vetada pela constituição brasileira, quem decide as regras de um recinto particular são os seus diretores, donos, etc.
E para você que pensou que já tinha visto de tudo, essa é mais uma surpresa.